Sou muito grato por não terem me imposto qualquer tipo de educação religiosa durante a minha infância, ou qualquer outra fase da minha vida. No começo, até sentia inveja dos colegas que freqüentavam catecismo, mas foi por pouco tempo. Nada que algumas aulas de história ou experiências pessoais não me fizessem pensar melhor.

Não poderia dizer que chego a ser ateu, eu acredito em Deus, não aquele que as igrejas pregam e sim numa unidade singular inicial com poderes especiais, ou algo do tipo. Deus é a resposta mais fácil para as perguntas que não sabemos as respostas.

Fico muito decepcionado ao ver essa imensa proliferação de igrejas evangélicas. Eu respeito os evangélicos, só não consigo entender como eles conseguem acreditar nessa parada, tipo, eles falam que Jesus tá voltando (dentre outras sandices), agora me diz, como eles sabem disso? Que horas? Quando?

Realiza a cena: do nada, no meio de um culto aparece um camarada de calça jeans, All Star, uma camisa desbotada e diz: “Falou, galera. Pode parar a gritaria que eu cheguei. Sou eu mesmo, Jesus!

Como eles vão saber que ele é Jesus? Duvido muito que ele traga um extrato da conta bancária comprovando quais fiéis pagaram o IPTU celeste em dia. Sacou?

Sinto falta da época em que a maioria da população brasileira era católica, não que eu goste do catolicismo, não gosto, mas convenhamos, é bem mais sofisticado e educado. Na verdade, cansei de gritaria, dos milagres, de estabelecimentos comerciais tocando música gospel e de pessoas que nem têm dinheiro pra pagar suas contas sustentando esses supostos pastores.

Seja lá como for, é a consciência de cada um.